Ana Paula e Lucas Silva


A REPRESENTAÇÃO DA IMAGEM FEMININA NO ANIME NARUTO SHIPPUUDEN ATRAVÉS DA PERSONAGEM TSUNADE SENJU (2007 – 2018)
Ana Paula Lima Cunha
Lucas dos Santos da Silva

Animes e mangás: as variações de categorias e classificações japônicas
Anime é a palavra utilizada para designar os desenhos animados japônicos, usa – se a expressão devida à influência do estrangeirismo com o fim da Segunda Guerra Mundial no Japão, com isso, o anime ou animê (como também pode ser chamado) é uma das formas de divulgação da cultura japonesa, “no Ocidente, a palavra “anime” é sempre utilizada para se referir aos desenhos animados de estilo japonês” (ARAÚJO, J. et al., 2008, p. 04), significa “animação” ou “animation” forma como dos japoneses escrevem em inglês.
Percebe – se que “No mundo ocidental, esse tipo de mídia chega aos receptores por meio da internet e, em menor escala, pela televisão. É dividido em gêneros de acordo com o público para qual foi pensado, crianças ou adultos, por exemplo.” (LOURENÇO; OLIVEIRA, 2017, n. p.) com a globalização, a cultura japonesa através da internet, ganha cada vez mais adeptos, da culinária, música, roupas, entre outras, um exemplo disto são os “Otakus” se caracterizam como pessoas que gostam de animes, mangás ou algo relacionado com a cultura pop japônica.
Segundo Araújo, J. et al., (2008) um dos primeiros anime a ser realizado no Japão foi feito por Seitaro Kitayama, em meados de 1913. Kitayama, animou fabulas tradicionais japonesas, tornando-se uma das primeiras animações a ser reproduzidas e exibido em salas estrangeiras, em 1918.
O anime tem como uma das características os “olhos grandes, corpos finos, trilha sonora original” (LOURENÇO; OLIVEIRA, 2017, n. p.) outro fato presente no anime é o de ser uma adaptação animada dos Mangás - considerada “arte-irmã” -, de acordo com a animação nipônica. Primeiro é publicado a versão em mangá, depois com a popularização do enredo, vira – se anime, contudo, o processo de transformação entre ambos nunca ocorre de forma contrária. Os animes geralmente seguem o enredo original do mangá, sendo uma “ligação íntima com as histórias em quadrinhos japonesas” (ARAÚJO, J. et al., 2008, p.05), entretanto, são comuns que no anime ocorra um acréscimo rente ou paralelo as histórias do mangá, denominados de episódios filler,
Em relação ao mangá, são feitos pelos chamados Mangakás, nome dado aos escritores(as) e/ou ilustradores(as) profissionais responsáveis pelas histórias. Geralmente, os escritores são os mesmos quando o mangá se transforma em anime, no entanto, não é raro outro (s) ilustrador (es) ou a utilização de assistentes na elaboração das histórias, ficando sobre a supervisão final do mangaká criador. As duas principais categorias mais populares no mercado de desenhos japônicos são Shonem e o Shoujo, ambas consumidas por ambos os sexos.
A categoria Shonem se designa como comportamentos japonesa da autodisciplina, perseverança e competição. “Os desenhos Shonem são detalhados e retratam uma realidade violenta, mas que ainda assim pode ser onírica e bem-humorada.” (ARAÚJO, J. et al., 2008, p. 07). Os personagens masculinos retratam - se quase sempre como símbolo do crescimento do jovem japonês, com espírito empreendedor e vontade de construir família e negócios. As personagens femininas, caracteriza – se como cheias de curvas, na maioria das vezes, como objeto sexual, frágeis que precisa de proteção.
A categoria Shoujo é destinado ao público feminino jovem, contém as subcategorias Shoujo – ai ou Shõjo – ai, caracterizado por romances entre personagens femininas, Maho Shoujo, quando os personagens possuem algum tipo de poder mágico e Magical Girl; De acordo com Araújo, J. et al. (2008) os personagens masculinos dessa categoria são retratados de maneira culto, gentil, fiel, sexy, fisicamente alto e bonito, de maneira geral, as personagens femininas busca - se a autopreservação e a felicidade.
O Oriente não é coadjuvante da Europa, pois sabe-se que a uma grande riqueza e para isso ele consegue se manifestar e simbolizar e traduzir uma cultura pouco conhecida, onde a maior parte da informação perante ao continente oriental é por meio dos estudos acadêmicos. A ideia de oriente tem a sua narrativa e compreensão imaginativa, onde seria um erro deduzir que o “orientalismo” é uma elaboração sem correspondência com a tradição oriental e uma estruturada construída do imaginário, Said (2007) diz que:
“Seria incorreto acreditar que o oriente foi criado – ou, como digo, “orientalizado” – e acreditar que tais coisas acontecem simplesmente como uma necessidade da imaginação. A relação entre o Ocidente e o Oriente é uma relação de poder, de dominação, de graus variáveis de uma hegemonia complexa, [...]. O Oriente não foi orientalizado só porque se descobriu que era “oriental” em todos aqueles aspectos considerados lugares – comuns por um europeu comum do século XIX, mas também porque poderia ser – isto é, submeteu – se a ser – transformado em oriental. (SAID, 2007, p. 32 – 33.)
Kornis (1992, p. 239), exemplifica a importância da fonte audiovisual como evidência do passado, a necessidade de uma diversificação de fontes, constituindo – se assim, como documento histórico, pois, “significa que o filme pode tomar-se um documento para a pesquisa histórica, na medida em que articula ao contexto histórico e social que o produziu um conjunto de elementos intrínsecos à própria expressão cinematográfica.” Assim, o historiador deve criticar o documento, pois, o audiovisual é uma construção da subjetividade do criador que é passada através das imagens, depende do contexto histórico e realizado.
Para Almeida (2011) as fontes digitais passaram a fazer parte do meio dos historiadores, no entanto, encontra resistência em relação a nova categoria das fontes digitais para o uso de pesquisas e estudos e na defesa de teses e dissertações, mostra que para o uso das fontes digitais o historiador que se proporciona em pesquisar estas fontes teve adaptar por métodos e teorias para seu uso. Tal ato de adaptar, com o avanço das tecnologias, torna – se uma primeira medida, uma forma de suprir a demanda da sociedade para a produção dos estudos científicos para a História do Tempo Presente, pois não podemos negligenciar a presença das fontes digitais para a realização de trabalhos acadêmicos. O potencial da internet e as ferramentas que ela proporciona a partir do uso através de um aparelho eletrônico torna ao historiador do tempo presente um item essencial para pesquisa.

Do anime ao mangá: sexualidade, identidade e gênero.
As abordagens em relação às questões de identidade sexual e de gênero ganha espaço considerável nas plataformas animadas sendo representadas em muitas obras, acaba sendo um lugar de visibilização, autonomia e resistência dessas classes marginalizadas socialmente sofrem repressão da sociedade. E interessante frisar que na análise dos animes e mangás percebe - se a construção de padrões de beleza entre as personagens femininas construídas socialmente, desde o modo de ser portar, se vestir, os traços físicos, entre outros. Assim como, as fisionomias presentes em grande parte das personagens mostram – se sexualizadas nas histórias.
Para Bourdieu (2017) a estruturação da sexualidade se impõe sobre a moral feminina, que é alusivo a todas as partes do corpo que faz exercer continuamente por meio de coerção, sendo que os princípios contraditórios de identidade masculina e feminina se mostram de maneiras diferentes de servir o corpo ou de postura. De tal modo, acaba tornando-se regular de uma maneira que à divisão social excluem as mulheres, de tarefas mais dignas ou importantes diante da sociedade, as colocando como inferiores diante da imagem masculina. O vínculo sexual da mulher se mostra como relação social de dominação, nesse sentido o corpo está baseado nos órgãos sexuais entre o homem e a mulher.
O anime Cavaleiros do Zodíaco, criado pelo mangaká Masami Kurumada, em 1986, apresenta a temática da sexualidade. Segundo os autores Almeida e Fruett (2016, p. 05) “A saga Cavaleiros do Zodíaco é um produto japonês que mistura aspectos da cultura oriental com a cultura ocidental.” Mostra que o anime “é um produto da cultura massiva que nos estimula a pensar a questão da identidade de gênero de forma complexificada, em função de características ambíguas de alguns dos seus personagens.” (ALMEIDA; FRUETT, 2016, p. 02)
Almeida e Frutt (2016, p. 02) destacam três personagens do anime Cavaleiros do Zodíaco que mostram o discurso do debate de gênero, o personagem “Shun de Andrômeda, um herói pacífico, de feições feminilizadas e voz delicada; além de Afrodite de Peixes e Misty de Lagarto, [...] devido às suas características físicas e psicológicas dúbias”, os autores evidenciam como a representação de gênero é abordada nos desenhos japônicos, desconstruindo padrões culturalmente construídos pela sociedade através de um novo padrão de comportamento masculino ressignificada no anime ligados a comportamentos de construção feminina.
Foucault (2014), analisa que a questão da sexualidade em casa não é debatida e conversada com as crianças, por isso tende a despertar e estimular uma curiosidade sobre o assunto abordado. Sofre uma repressão em torno do ponto de vista de uma reprovação sobre o determinado assunto, ao decorrer de dois séculos a sexualidade foi catalogada como um tabu, como um castigo, uma punição.
Sendo que o sexo, ainda em dias atuais tem uma barreira que impede de falar livremente sobre o mesmo, Foucault (2014, p. 11) diz que “Se o sexo é reprimido, isto é, fadado a proibição, a inexistência e ao mutismo, o simples fato de falar dele e de sua repressão possui como um ar de transgressão deliberada.” Onde isto pode ocasionar uma falsa liberdade em falar sobre a temática. A falta de comunicação sobre este tema pode causar um desconhecido e ignorância sobre o assunto, que poderá promover um sentimento de opressão com determinadas pessoas.
Outra animação presente neste discurso é o anime Sakura Card Captors (1998), que apresenta a história de Kinomoto Sakura uma menina de 10 (dez) anos que libera acidentalmente um conjunto de cartas e sua missão é recuperá-las. O anime Sakura Card foi um sucesso tanto a cultura oriental e ocidental, sendo reproduzindo nos Estados Unidos e no Brasil. No anime Sakura Card traz discussões como lesbianismo e homoafetividade.
O debate sobre Gênero fica cada vez mais presente para transformar os paradigmas no seio da sociedade, a historiadora Scott (1990) demostra que o debate sobre o gênero perpassa pelo discurso de poder, assim como, muitos (as) historiadores (as) que abordam os estudos das mulheres fazem uma reavaliação crítica nos trabalhos científicos anteriores, Scott relata que os estudos das mulheres adiciona não só novos temas ou uma nova historiografia das mulheres, mas uma nova história, no entanto, saber lidar com os estudos leva ao modo de análise, pois, “A maneira como esta nova história iria simultaneamente incluir e apresentar a experiência das mulheres dependeria da maneira como o gênero poderia ser desenvolvido enquanto categoria de análise.” (SCOTT, 1990, p. 73), o que compete a análise dos (as) pesquisadores (as) consideram a posição teórica para uma abordagem em que a relação de poder entre os sexos é discutida mostrando novas perspectivas.
Outra animação nipônica que trata da discussão de sexualidade em sua história é o anime Yuri!!! on ICE televisionada em 2016, criado pela japonesa Mitsurō Kubo, O anime tornou – se sucesso mundial, “teve repercussão recordista, por tratar de um tema inovador e questionador, enaltecendo valores como a tolerância e a aceitação das diferenças, além, de não ter censura no Brasil, por que não foi televisionado nem traduzido oficialmente.” (LOURENÇO; OLIVEIRA, 2018, n. p.) Yuri!!! on ICE conta a história do personagem Katsuki Yuri, um jovem patinador de gelo que mantém relações românticas com seu treinador Victor Nikiforov, abordando o tema da homoafetividade explicitamente entre os personagens.

“Esse é o meu jeito ninja”: entendendo o anime Naruto e o caso da personagem Tsunade
Naruto Shippuuden foi criado pelo mangaka e escritor Masashi Kishimoto, nasceu em 1974 na província rural de Okayama, no Japão. Kishimoto teve publicada sua primeira versão em mangá, em 1999, com o nome de Naruto, a série foi inspirada no mangá one-shot do próprio Kishimoto, lançado em agosto de 1997 pela revista Akamaru Jump, com o sucesso de One – shot, a obra tornou – se no mangá Naruto, conhecido mundialmente. No Brasil, a editora Panini Brasil Ltda, reproduz o mangá desde 2007.
“Naruto” foi publicado em mangá, na revista “Shonen Jump” da edição 43 de 1999 até a edição 50 de 2014, com 72 volumes pela editora Shueisha. adaptado para anime posteriormente. O anime “foi produzido pelo Studio Pierrot e Aniplex. Estreou no Japão pela TV Tokyo e outras emissoras TX Networks em 3 de outubro de 2002. A primeira fase (Naruto) teve 220 episódios, enquanto a segunda fase, chamada de Naruto Shippuden” teve 500 episódios. (SIQUEIRA, 2016)
O anime Naruto Shippuuden “conta a história de Naruto Uzumaki, um jovem “ninja” (soldado espião da era feudal do Japão) que constantemente procura por reconhecimento e sonha em se tornar Hokage, o líder máximo e mais poderoso de sua vila” (SIQUEIRA, 2016) juntamente, com Sakura Haruno (sua paixão) e Sasuke Uchiha (seu rival) formam o “Time 7” liderado por Kakashi Hatake, líder da equipe. “De ampla segmentação, a narrativa imagética japonesa atesta que o anime Naruto de gênero Shounen visa abarcar um público masculino e feminino de diferentes fases etárias diferenciando-os dos personagens do anime em suas particularidades”. (TAVARES NETO; SILVA; RIBEIRO, 2018, p. 159).
Tsunade Senju é a primeira mulher na história imagética do anime a se tornar Hokage, líder máximo na vila da Folha, é considerada uma das melhores Shinobes (espiões secretos da era feudal, o mesmo que “ninja”) no determinado momento, o que a leva a se tornar a líder, sendo a quinta a assumir o cargo de destaque, se sobressai devido a sua força incomum na história, assim como, suas habilidades médicas elevadas. Por outra ponto, a personagem também é retratada com uma pessoa viciada em “saquê” (aguardente japonesa feita à base de arroz fermentado), bebida típica da cultura japonesa e no anime. E em jogos que envolvem apostas de dinheiro, ao qual, é conhecida como uma péssima apostadora por nunca ganhar.

Imagem 01 - Tsunade Senju e Naruto Uzumaki

Fonte: Anime Naruto, episódio 90.

Nesta imagem, podemos observar Naruto desafiando Tsunade, após a mesma recusar ser a quinta Hokage, ele a desafiou para uma luta fora do estabelecimento, o qual perdeu a luta para a Tsunade. Ao se atentar para a cena, podemos perceber que a reprodução englobou o corpo inteiro da mesma, dando uma ênfase em seus seios, enquanto mostra Naruto com os punhos serrados com sua face de raiva.

Imagem 02 – Tsunade e Naruto Uzumaki
Fonte: Mangá Naruto, volume 18, página 97.

Comparando as imagens 01 e 02, ambas referi - se a mesma cena, a imagem 01 é a representação dos personagens envolvidos no anime e a imagem 02 no mangá. Como podemos ver a representação da personagem feminina no mangá se diferencia do anime, mostrando uma abordagem onde a personagem encontra – se mais sexualizada, caracterizando a diferença, nessa cena, da representação feminina na obra estudada, percebe – se que Tsunade aparece no mangá com a vestimenta mais decotado na altura do peito, onde acaba exaltando mais o volume de seus seios. Tal característica se mostra corriqueira ao longo do Mangá, mostrando como abordagem da personagem se caracteriza no enredo, no entanto, não é somente no mangá que compreendemos tais padrões, a presença da sexualização, tanto de Tsunade, quanto de outras personagens, se fazem presente ao longo da saga.

Imagem 03 – ao centro, Mizukage personagem do anime Naruto Shippuden

Fonte: anime Naruto Shippuuden, episódio 218.

Buscando a representatividade feminina no anime, não podemos deixar de destacar que Tsunade Senju não é a única Kage (título dado ao líder supremo de uma vila ninja) na animação ou personagem que também assume o maior cargo de sua vila no mundo imagético. Destacamos na imagem 03 a Mizukage (título do líder da Vila Oculta da Névoa), do País da Água, da Vila da Névoa, tal representação mostra como a presença da Kage no enredo se destaca pela sua força física apresentada no momento da animação, pois, somente ninjas com altas habilidades para realizar Jutsus poderosos são nomeados Kage de sua Vila. No entanto, percebe – se a Mizukage apresenta traços com seios grandes, sua vestimenta mostra decote onde se destaca mais os seios, corpos finos, características similares ao da personagem Tsunade, traços esses envolvendo os estereótipos associados as personagens femininas nos animes, características estas que contêm a construção que os animes desenvolve em torno das personagens.

Imagem 04 – Personagem Samui.
Fonte: anime Naruto Shippuuden, episódio 197.

Na imagem 04, aparece a personagem Samui. Como percebe – se a personagem em questão demostra os estereótipos que cercam a imagem feminina nos animes. Características construídas culturalmente no oriente em relação aos desenhos animados japoneses. Tal visão, levamos a ver o influência produzida entre as personagens femininas no anime, onde os traços entre Tsunade, Mizukage e Samui, são idênticos entre ambas. Onde levamos a perceber que nestas três personagens existe um padrão em relação à representatividade feminina, assim como, tais questões se fazem presente na produção de mangás no oriente.
Está discussão a respeito da questão feminina dentro das animações japônicas, se tornaram um espelho da representação cotidiana de uma sociedade sexista. Perrot (2007) mostrou em seu livro, Minha história das mulheres, o processo as quais tiveram que percorrer para demonstrar seu valor e capacidade dentro de uma sociedade machista, o que decorre semelhantemente dentro do anime com a personagem Tsunade Senju. Onde muitas vezes houve uma inconsistência perante protagonista, podendo-se afirmar que a mesma teve que cursar uma árdua jornada para se amostrar capacitada e tiver seu reconhecimento enquanto mulher.
De modo geral, conclui – se que as representações das mulheres dentro dos anime e mangás, demonstra um padrão que envolve as características físicas, como corpos finos, esbeltos, olhos grandes, roupas em sua maioria que expõem demais o corpo, imagens em que as personagens se encontram marginalizadas nas histórias, servindo de coisificação masculina nas histórias. Por fim, percebe – se que a fonte pesquisada acaba reproduzindo estereótipos femininos em seu enredo, mostrando como a representação feminina dentro do anime, apresenta padrões de comportamentos, de vestimenta, de atributos físicos, tidos como modelos de mulheres orientais na indústria japônicas.

Referências
Ana Paula Lima Cunha é graduada em História pela Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA). Email: athourino@gmail.com
Lucas dos Santos da Silva é graduado em História pela Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA) e Graduando em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (UFPA).

Fontes:
NARUTO, Mangá, volume 18. Naruto © 1999 by Masashi Kishimoto. All rights reserved. First published in Japan in 1999, Tokyo.
Anime Naruto, episódio 90.
Anime Naruto Shippuuden, episódio 197.
Anime Naruto Shippuuden, episódio 218.
Bibliográfica:
ALMEIDA, Fábio Chang de. “O historiador e as fontes digitais: uma visão acerca da internet como fonte primária para pesquisas históricas”. Num.8, vol. 3, janeiro – junho, 2011.
ALMEIDA, Gabriela Machado Ramos de; FRUETT, Anelise. “Ambiguidades nas Representações de Gênero de Personagens da Série Cavaleiros do Zodíaco.” Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul – Curitiba PR – 05/2016.
ARAÚJO, J. et al. “A construção de gênero nos animes Sakura Card Captors e Yu-Gi-Oh!”. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 06/2008.
BOURDIEU, Pierre. “A dominação masculina”. Pierre Bourdier; 1930 – 2002, tradução maria Helena Kuhner. – 5ª ed. – Rio de Janeiro: BestBolso, 2017.
FOUCAULT, Michel. “História da sexualidade: a vontade de Saber”. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
KORNIS, Mônica A. “História e cinema: um debate metodológico”. Estudos históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, 1992, p. 237 – 250.
LOURENÇO, Isabelle Lima; OLIVEIRA, Marília Candido Lacerda. “A mídia como dispositivo pedagógico: o anime “Yuri!!! on ICE” e a representação de sexualidade.” Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. 40º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Curitiba - PR – 09/2017.
PERROT, Michele. “Minha história das mulheres” / Michelle Perrot; [tradução Angela M. S. Côrrea]. – 2. ed., 5ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2017.
SAID, Edward W. “O Alcance do orientalismo”. In: Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. / Edward W. Said; tradução Rosaura Eichenberg. – 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 61 – 163.
SCOTT, Joan. “Gênero: uma categoria útil de análise histórica.” Educação & Realidade, v.15, n .2, jul./dez.1990, p. 71 – 99.
SIQUEIRA, C. (06 de junho de 2016). “CONHEÇA A HISTÓRIA DE NARUTO!” (Coxinha Nerd). Acesso em 10 de outubro de 2018, disponível em: <http://www.coxinhanerd.com.br/historia-de-naruto/>. Acessado em: 10/ 11/2018
TAVARES NETO, A. P.; SILVA, F. A.; RIBEIRO, I. R. “Iconografia do humor presente no anime Naruto: representação gráfica dos ícones humorísticos na animação nipônica.” Ano XIV, n. 3. NAMID/UFPB, Temática, Março/2018. p. 154 - 169. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/tematica>
KORNIS, Mônica A. “História e cinema: um debate metodológico”. Estudos históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, 1992, p. 237 – 250.



34 comentários:

  1. Olá Lucas e Ana!
    Como um fã de mangás e animes, reconheço a forte erotização pela qual as personagens femininas são representadas e, gostaria de saber se, em seus estudos, foi evidenciado algum movimento de contracultura, no Japão, com a finalidade de combater esses estereótipos, seja por parte dos mangakás, seja por meio de um segmento de leitores? Caso tenham se deparado com uma situação desse tipo, gostaria que me falassem um pouco como esse movimento se deu?

    Luciano Araujo Monteiro

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    1. Prezado Luciano Monteiro. Obrigada(o) pelo comentário e pergunta.

      Durante a pesquisa não identificamos nenhum movimento que se expressasse como de contracultura, no entanto, uma questão que nos chamou a atenção foi a crescente mangakás femininas no mercado japônico, que acaba trazendo outra perspectiva em relação a representação feminina nos animes e mangás. Assim como, não podemos deixar de lado a cultura dominante Oriental na representação dentro dos desenhos japônicos

      Abraços,
      Ana Paula Lima Cunha e Lucas dos Santos da Silva.

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  2. Prezad@s Ana Paula e Lucas Silva,

    Parabéns pela análise!

    Muito importante terem demonstrado como noções relacionadas a questão de gênero podem ser contextualizadas, e também problematizadas, a partir das representações de papéis de gênero em mangás e animes. E como estes têm questionado as noções ocidentais dos papéis sociais de "mulheres" e "homens" embora também reproduzam alguns destes estereótipos.

    Sou licencianda em Ciências Sociais, pela UERJ, e esse texto me provocou a pensar como alguns animes e mangás podem ser interessantes para o ensino de conceitos de gênero que muitas vezes são abstratos para os alunos. Considerando que alguns destes acompanham animes e/ou mangás ou têm alguma familiaridade com as narrativas.

    Gostaria de saber quais outros animes e/ou mangás vocês podem indicar e que corroboram para problematizar e desnaturalizar essas concepções de gênero em sala de aula.

    Também, gostaria de saber se em suas análises identificaram alguma relação dessas representações de papéis de gênero em animes e mangás, que questionam os estereótipos do papel das mulheres, com aspectos culturais da sociedade japonesa e quais seriam esses.

    Att.,

    Bruna Navarone Santos

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Sim, conciliamos com a analise da cultura oriental com a ocidental, visto que nesta verificação que os estereótipos que são abordados no anime de cunho ocidental e com o cunho financeiro para a venda da animação japonica dentro da parte ocidental, com esta analise conseguimos desconteuir varios esterotipos que não condiz com a realidade asiática. Como: assitura fina,olhos grandes, bundas grandes, peitos grandes, a pureza, a inocência, a incapacidade de relaizar algo sozinha entre outras coisas.
      E os animes que abordam esta sexualização feminina São: Read or Die, Gungrave, The Big O, One Punch Man, Trinity Blood, Blood+ entre outros


      Att: Ana Paula e Lucas Silva

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  3. Olá, sou Leonardo Aguirre, graduando em História pela UFMS-CPTL e que também pesquisa sobre animes e mangás e, claro, um Otaku.
    Bom, primeiramente gostaria de elogiar ambos os autores pela produção desse trabalho, visto que são poucos os pesquisadores que se dedicam a analisar animes e mangás, então fica aqui meus parabéns e, se possível, gostaria que enviassem as obras que utilizaram como referência.
    Minha pesquisa consiste em analisar os aspectos da mitologia egípcia nos animes, primeiramente, no Yu-Gi-Oh, no entanto, na hora de elaborar o plano de trabalho, eu tive uma grande dificuldade em encontrar produções referentes aos animes e mangás, vocês também tiveram essas dificuldades? Se sim, como que resolveram?
    Att.,
    Leonardo Silva Aguirre

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    1. Boa noite, Sr. Aguirre.
      Ao comentar a respeito da presença da cultura do Egito Antigo nos anime, me recordei de uma série de Eiichi Yamamoto. Trata-se de "Animerama", composta por "1001 Noites" (1969), "Cleópatra" (1970) e "Belladonna of Sadness" (1973). A trilogia foi realizada em participação com Osamu Tezuka e se inserem no gênero "pinku eiga".
      Fica a recomendação. São anime bastante distintos dos correntes. Pode ser que lhe deem alguma ideia, ou incorporem o caldo de sua pesquisa.

      João Antonio Machado

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    2. Prezado Leonardo Aguirre, obrigada(o) pela pergunta.

      Realmente tivemos dificuldades de achar produções em relação a temática, principalmente na área de História, pois muitos trabalhos encontrados referente a animes e mangás são direcionados para outras áreas, por exemplo como jornalismo. Com isso, buscamos adaptar metodologias para o campo historiográfico como forma de embasar o trabalho. Um exemplo disso foi quando usamos a autora Mônica Kornis (1992) que discorre sobre História e cinema para embasar a mídia e o autor Fábio Almeida (2011) que fala fontes digitais para tratar do uso de animes e mangás.

      Abraços,
      Ana Paula Lima Cunha e Lucas dos Santos da Silva.

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  4. Olá, primeiro gostaria de parabenizar a pesquisa de vocês!
    É muito interessante o tipo de análise que vocês propõem ao questionar a forma como a mulher é representada, principalmente se levarmos em conta todo o fan service e a sexualização infantil nos animes/mangás. Gostaria de saber se ao analisar as personagens femininas, vocês acreditam que existe uma mudança na representação feminina e se isso se reflete na própria sociedade japonesa?

    Lucimara Andrade da Silva

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    2. Sim, existe sim uma mudanças na representação de como a mulher japonesa, oriental ao todo é Vista e isto acaba criando um precoceito e esterotipo muito grande. Também cria-se uma ilusão perante a mulher cujo não tem aqueles atributos que são abordados dentro das animações e mangas. E está perceção tem que ser desconstruida e aos poucos está sendo.


      Att: Ana Paula e Lucas Silvia

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  5. Primeiramente gostaria de parabenizá-los pela pesquisa.
    Acredito que os mangás e animes contém uma quantidade absurda de conteúdo para ser utilizado em pesquisas relevantes para o nosso tempo. Dito isso gostaria de saber, ainda se tratando da obra Naruto se durante a análise vocês observaram outras representações femininas.

    Matheus Felipe

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    2. Dentro de nossa analise conseguimos observar que sim que existe outras representações femininas dentro do anime, como a matriarca Ōtsutsuki, Kaguya Ōtsutsuki. Ela é uma das personagens mais fortes do anime cuja, fora percebidas poucas representações com cunho sexual perante a ela.
      A outra personagem cujo tem uma força excepcional é a Konan, ela é tem uma grande impotência, pois ela é uma kunoichi e tornou-se o líder de facto da aldeia de Amegakure. Mas mesmo com essa força de mulher empoderada, ela é sexualizada tanto pelo anime em determinadas partes como por fan em sua fan arte.
      A Hinata Hyuuga, é uma personagem de grande importância e essência dentro do anime, onde ela com a capacidade e empoderamento conseguiu ser membro de dos clãs Hyūga e Uzumaki de Konohagakure, entretanto mesmo assim ela ainda é vista pelo seu temperamento e cunho sexual.
      Dentre outras personagens como Mei Terumi, Kushina Uzumaki, Sakura Haruno, Ino Yamanaka, Tenten Mitsashi,Pakura, Karui Akimichi, já foram sexualizadas em alguma parte do anime, mesmo tendo sua força e empoderamento.


      Att: Ana Paula e Lucas Silvia

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  6. Olá Lucas e Ana, parabéns pela pesquisa, baseado na pesquisa, de fato tem uma sexualização grande, apesar que no que são inspiradas são nas kunoichis, onde todas as mulheres ninjas de são fatos kunoichis,e como as kunoichis eram treinadas em técnicas de sedução, ao ler o mangá e anime NARUTO isso se passou pela minha mente.Mas a minha pergunta é como você dois viram que alem da sexualização, se observaram principalmente como é importante o papel dessa personagem, pois ela não só é a Quinta Hokage, mas também umas das Sannins Lendárias, neta do Deus Shinobi o Primeiro Hokage, vocês perceberem que o autor quis dar esse papel de força e poder para representar as mulheres?

    Leonardo Irene Pereira Guarino.

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    1. Prezado Leonardo Guarino, obrigada(o) pelo comentário e pergunta.

      Observamos que no anime/mangá Naruto as personagens femininas mostram várias características ao longo do enredo imagético. O que nos estingou cada vez mais ao longo da pesquisa. Realmente a abordagem que o autor usa na personagem Tsunade representando-a como uma das Kunoichis mais forte da obra é interessante, pois, quebra totalmente os estereótipos construídos socialmente ao longo dos anos como mulher sendo sempre o sexo “fraco” e/ou mais “Frágil”, mostrando uma nova abordagem. Pois, a Hokage Tsunade acaba sendo a representação feminina mais expressiva dentre as mulheres e uma das mais conhecidas da obra, mostrando cada vez mais o seu papel importante seja de liderança e força. Assim podemos afirmar no que tange a essa questão o autor representou as mulheres com essas características de força e poder, como usamos no texto encima a Mizukage, que também é a Kage e a mais forte de sua vila.

      Abraços,
      Ana Paula Lima Cunha e Lucas dos Santos da Silva.

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  7. Olá Lucas e Ana, parabéns pela análise. Gostaria de saber se há pesquisas que apontam após a publicação e exibição do anime Naruto, alguma mudança na percepção/criação das personagens femininas posteriores?


    Ana Beatriz dos Santos.

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    1. Prezada Ana Beatriz dos Santos, obrigada(o) pelo comentário e pergunta.

      Até o momento da pesquisa, não foi achado trabalhos que demostrasse essa mudança na representação feminina no anime/mangá Naruto, no entanto, levando em consideração o anime/mangá Boruto como continuação da obra Japônica Naruto, outras questões podem ser desenvolvidas em relação a essa mudança na percepção/criação das personagens femininas no desenho japônicos, como a criação do time 15 compostos só por mulheres, algo que não vemos nas obras anteriores. No entanto, não podemos deixar de lado a forte presença da sexualização dos corpos femininos e um outro parâmetro a sensualisação das personagens, a exemplo, a personagem Sarada Uchiha que aparece no mangá de forma sensualizada.

      Abraços,
      Ana Paula Lima Cunha e Lucas dos Santos da Silva.

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  8. Boa noite, Ana Paula e Lucas. O tema me interessa bastante, pois essa questão da iconografia mais sexualizada de personagens-chave em narrativas de mangá e anime é uma inquietação que me acompanha faz algum tempo. É certamente o caso em boa parte das produções de sucesso internacional, principalmente as veiculadas no ocidente. Consigo pensar em exemplos nos casos mais célebres no Brasil em décadas passadas, como Dragon Ball e até mesmo Pokémon.
    Dito isso, é possível observar representações menos normativas de gênero em mangás produzidos mais recentemente? Pergunto porque vejo esse esforço e preocupação em produções nacionais, bem como nos EUA e na Europa, até como uma estratégia de paradigmas iconográficos e alcance de mercado. É possível pensar em mangás, especialmente os de meninos, sem "Tsunades"?

    Vilson A. M. Gonçalves

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    1. Prezado Vilson Gonçalves, obrigada(o) pelo comentário e pergunta.

      Boa pergunta. Quando se pensa nas questões que envolve esse assunto não podemos deixar de lado a cultura Oriental, os mangás e animes são produtos referente a essa determinada cultura social construída ao longo das décadas. Outro ponto que deve ser levado em consideração é a categoria em que o mangá/anime está inserido, pois, de acordo com a categoria podemos perceber as características das obras para o público. Assim como, não podemos deixar de pensar que a cultura Oriental influência na cultura Ocidental e vice-versa (SAID, 2007) mostrando o quando podemos ter várias perspectivas em relação aos desenhos animados japoneses. Se tratando dos traços, características e abordagens que permeiam a personagem Tsunade e como esses pontos aparecem frequentemente em outros animes e mangás, podemos afirmar que esse paradigma é muito forte no mercado industrial do japonês, um exemplo são os animes Oni Peice (1997), Dragon Ball Super (2015), Smord Art Online (2012), entre outros que podem se enquadrar nesse padrão, no entanto, personagens sem as características da personagem Tsunade são encontradas tanto em animes destinadas para o público masculino, assim como, dentro desses dos próprios animes citados, mostrando como essa visão pode ser desenvolvida em obras futuras.

      Abraços,
      Ana Paula Lima Cunha e Lucas dos Santos da Silva.

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  9. Boa noite, parabéns pela análise. Mesmo com figuraras femininas de destaque em sua força e inteligência, como a própria Tsunade, a Mizukage e até mesmo a Kushina e a Sakura, as figuras femininas são em sua maioria tratadas apenas pelo esteriótipo,afetando os personagens masculinos com sua belez, como no jutsu harém do Naruto e na abordagem dos livros do Jiraya, assim como no seu dia a dia. Desse modo, como a construção dessas personagens fortes, como a Tsunade, é afetada por esse esteriótipo que continua presente no anime mesmo depois da apresentação dessas personagens?

    -Luana Cantalice Dias.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Sim, continua tendo essa ideia sobre as personagens além da tsunade, a Terumi, Kushina, Sakura, Ino entre outras, sofrem um abalado muito grande perante a sua imagem de mulher dentro do anime, com este esterotipo que sexualiza a imagem feminina e objetifica o seu corpo, leva a perda da credibilidade do valor, poder e capacidade que ela pode ter e representar tanto dentro como fora do anime. E apesar de tudo ainda há essa representação.

      Att: Ana Paula e Lucas Silvia

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  10. Ana Paula e Lucas, primeiramente parabéns pelo brilhante texto, com certeza reflexo de uma densa e complexa pesquisa que vocês realizaram/realizam. A discussão é muito interessante, principalmente nos dias atuais em que a temática sexualidade e gênero ganham mais visibilidade. Portanto, trago o seguinte questionamento, essas representações femininas podem ser caracterizadas como objetos de representação do feminismo levando em conta o contexto em que foram produzidas e como vocês salientam no texto "Está discussão a respeito da questão feminina dentro das animações japônicas, se tornaram um espelho da representação cotidiana de uma sociedade sexista"?
    Felipe Vieira Amorim

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    1. Prezado Felipe Amorim, obrigada(o) pelo comentário e pergunta.

      A partir das análises das fontes podemos denominar que as características desenvolvidas no trabalho é uma representação das tantos outras que podem se abordadas. Uma perspectiva colocada para a sociedade que a consume, a representação feminina presenta na obra é criada a partir da cultura Oriental, assim como, é uma visão do autor Kishimoto sobre a construção feminina, ou seja, uma visão masculino para a percepção/criação das personagens, sendo assim, não podendo ser uma representação do feminismo como movimento de um grupo especifico marginalizado socialmente ao longo dos anos. Onde realmente a discursão acerca da abordagem feminina dentro dos desenhos japônicos tornou – se cada vez mais acessível na sociedade contemporânea, principalmente referente aos trabalhos da História do Tempo Presente, que mostra como essas representações femininas se mostram corriqueiras nos animes e mangás da indústria de desenhos imagéticos japoneses, principalmente nos destinados ao público adolescente, jovem e jovem-adulto masculino, onde tais abordagens nas mídias imagéticas acabam influenciando o público que o consome e a sociedade onde está sendo construído.

      Abraços,
      Att: Ana Paula Lima Cunha e Lucas dos Santos da Silva.

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  11. Boa tarde. Gostaria de saber se os outros gêneros de mangás sofrem essas mesmas problemáticas, ou se a representatividade do comportamento de gênero é visto de forma diferente?
    Stéphanie Aragão da Rocha

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    1. Prezada Stéphanie Rocha, obrigada(o) pela pergunta.

      Outras categorias de mangás e consequentemente animes sofrem dessa problemática, mesmo com o público alvo diferente, tais patrões associados ao corpo feminino como os traços dos corpos, vestimentas, sexualidade e sensualidades das personagens aparecem nas outros categorias dentro do seu contexto classificatório, assim, uns mais outros menos dentro da perspectiva da categoria em que se encontra o mangá/anime Naruto.

      Abraços,
      Att, Ana Paula Lima Cunha e Lucas dos Santos da Silva.

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  12. Quanto a discussão de gênero no Japão enquanto uma civilização mais tradicionalista e fechada, vocês encontraram dados que demonstrem mudanças no comportamento da população como reflexo aos mangás e animes?

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    1. Prezada Thaís Aragão, obrigada(o) pela pergunta.

      Durante a pesquisa do trabalho não foi encontrado produções que mostrasse dados da mudança de comportamentos culturas na sociedade oriental oriundos das produções imagéticas. Em relação a temática no texto a produção dos desenhos animados japoneses encontra – se em um novo parâmetro em relação a sociedade em que está inserida, pois, acaba sendo um contrasta entre a relação social na vida real e a relação construída nos mangás e animes da indústria imagética japonesa.

      Abraços,
      Att: Ana Paula Lima Cunha e Lucas dos Santos da Silva.

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  13. Ana Paula e Lucas
    Parabéns pelo trabalho!
    Confesso que sou muito fã de Naruto, mas a quantidade de episódios acabou me fazendo dar uma pausa no anime!
    Em relação ao maravilhoso texto gostaria de fazer um questionamento relacionado ao seguinte trecho:
    "os autores evidenciam como a representação de gênero é abordada nos desenhos japônicos, desconstruindo padrões culturalmente construídos pela sociedade através de um novo padrão de comportamento masculino ressignificada no anime ligados a comportamentos de construção feminina."
    Esse tipo de comportamento masculino, digamos, que mais feminilizado levam a interpretações ocidentais relacionando os mesmos a homossexualidade, o que não é verídico.
    Vocês acreditam que essas concepções ocidentais acabam por inferiorizar esses novos paradigmas das relações de gênero?
    Se sim, como?

    Marcos de Araújo Oliveira-UPe

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    1. Prezada Marcos Oliveira, obrigada(o) pela pergunta.

      Realmente a cultura Ocidental consome um produto da cultura Oriental acabando não tendo a total percepção do anime/mangá, tais ‘concepções ocidentais’ podem ser caracterizadas de várias formas desde a influência da cristandade na cultura, o que acaba por ter uma percepção diferente das obras imagéticas, pois os mangás e animes são produtos Orientais e por conseguinte são destinados ao público oriental, com isso, a percepção de Gênero masculino/ feminino acaba sofrendo a influencia da cultura que a consome, ou seja, a sociedade Ocidental acabam tendo um ponto de vista em cima do produto que está sendo consumido fora de sua cultura que o criou, sendo assim, várias anime que tratam dessa temática de gênero em suas obras acabam sendo censurados na cultura Ocidental por abordar temas considerados tabus, o próprio anime Naruto quando foi televisionado no Brasil na TV aberta acabou sofrendo censura em algumas cenas devido o excesso de sanguea presente no anime. (ALMEIDA; FRUETT, 2016).
      Espero que os artigos “A mensagem escondida em mangás e animes: uma análise da imagem para a construção de valores quanto ao gênero” dos autores Klepka, Dada, Farias Junior (2013) e “Diversidade sexual nos mangás e animes e a receptividade desses na cultura latino-americana”. Teixeira; Nunes (2016) ajudem na questão.

      Abraços,
      Att: Ana Paula Lima Cunha e Lucas dos Santos da Silva.

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